Enfim, depois de tanto erro passado Tantas retaliações, tanto perigo. Eis que ressurge noutro o velho amigo. Nunca perdido, sempre reencontrado. É bom sentá-lo novamente ao lado com olhos que contêm o olhar antigo. Sempre comigo um pouco atribulado e como sempre singular comigo. Um bicho igual a mim, simples e humano. Sabendo se mover e comover e a disfarçar com o meu próprio engano. O amigo: um ser que a vida não explica que só se vai ao ver outro nascer e o espelho de minha alma multiplica.
(Vinicius de Moraes)
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